A
Black Friday é um evento já tradicional e muitos brasileiros esperam com
ansiedade o momento para aproveitar a grande liquidação. Mas oque
verdadeiramente é essa data e o quanto ele pode ser uma oportunidade de negócio
frente a crise econômica?
O cenário do comércio
não é dos melhores, com queda no consumo mês a mês em meio a uma economia
retraída, com altos índices de desemprego e de inadimplência e aperto no
crédito. Mas um evento que há 5 anos chegou no Brasil “importado” dos EUA tem
se tornado a segunda maior data do varejo brasileiro. É a Black Friday, data
oficial de “super descontos” oferecidos por varejistas para fisgar os
consumidores, que acontece desde 2011 e vem crescendo em termos de vendas e
faturamento – já ultrapassou o Dia das Mães e só fica abaixo do Natal. Neste
ano, em sua 6ª edição, será realizada no dia 25, próxima sexta-feira. A
previsão dos organizadores é atingir R$ 2 bilhões em vendas.
Em
seu primeiro ano, a Black Friday registrou R$ 3 milhões em vendas no país,
segundo a ClearSale, empresa especializada em fraudes que monitora o
faturamento do evento em parceria com seus organizadores. Em 2014, já eram R$
871,9 milhões.
Neste
ano, a expectativa da ClearSale é de que o valor cresça 12%, para R$ 978
milhões. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) prevê um
aumento ainda maior, de 18%. Tendo como base um universo maior de vendedores, a
associação espera R$ 1,31 bilhão em vendas para este ano.
São números
expressivos, que consolidam a Black Friday como um antídoto contra a crise e
uma oportunidade de guinada na economia nacional e uma oportunidade de gerar
faturamento positivo frente ao senário atual do pais, e com por isso se explicam
a adesão cada vez maior dos comerciantes.
Isso fez com que o evento ganhasse mais
credibilidade. Uma pesquisa realizada pelo Zoom, com 15 mil pessoas, revela que
99% dos entrevistados estão dispostos a fazer compras durante o evento. Em
2015, tal pesquisa mostrou que apenas 39% achavam que os descontos da Black Friday eram reais.
Na edição de 2016, esse número subiu para 51%.
A pesquisa também revela que 50% pretendem
investir mais de R$ 1.000. Além disso, 82% dos usuários confiam que
receberão o produto dentro do prazo.
Isso fez com que o evento ganhasse mais
credibilidade. Uma pesquisa realizada pelo Zoom, com 15 mil pessoas, revela que
99% dos entrevistados estão dispostos a fazer compras durante o evento. Em
2015, tal pesquisa mostrou que apenas 39% achavam que os descontos da Black Friday eram reais.
Na edição de 2016, esse número subiu para 51%.
O volume de vendas e lucratividade com o evento
dependerá exclusivamente de quanto o lojista está disposto a abaixar o preço de
venda, de acordo com os produtos que já estavam em estoque antes da inflação e
do aumento do dólar
Como Nasceu a Black Friday?
Black Friday, ou Sexta-Feira
Negra em português, é um termo
criado pelo varejo (retalho em português de Portugal) nos Estados Unidos para
nomear a ação de vendas anual que acontece na sexta-feira após o feriado de Ação
de Graças , que é comemorado na 4ª quinta-feira do mês de novembro nos Estados
Unidos. A ideia vem sendo adotada por outros países como Canadá, Austrália,
Reino Unido, Portugal, Paraguai e Brasil.
Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos
anos 90 na Filadélfia, quando a polícia local chamava de Black Friday o dia
seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e
congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o
natal. O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados
Unidos em 1869. Também passou a ser usado em 1966, por milhares de pessoas em
torno do mundo,mas só se tornou popular em 1975 quando o uso do termo passou a
ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais, que abordavam a
loucura da cidade durante o evento.
O primeiro Black Friday do Brasil aconteceu no dia
28 de novembro de 2010 e foi totalmente online. A data reuniu mais de 50 lojas
do varejo nacional. Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde,
lucrando R$770 milhões em comércio online. Segundo a consultoria E-Bit, em
2014, a data chegou a gerar R$1,2 bilhão
somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando
assim, a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio
online. Para evitar praticas fraudulentas como a maquiagem de preços, e falsos
descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net), criou o
código de ética para a Black Friday, e publicou uma lista com as lojas
participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.
Maquiagem de
preços
De acordo com
um estudo feito pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três
em cada quatro internautas brasileiros pretendem aproveitar a data em 2016 para
realizar compras online. Apesar de vários outros números positivos apresentados
pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfia dos
descontos oferecidos no Black Friday.
Uma das maiores
reclamações dos consumidores é a maquiagem de preços, tática utilizada pelos
e-commerces pra vender mais sem ter que necessariamente diminuir os valores.
Funciona da seguinte forma: O lojista sobe arbitrariamente o preço do produto
dias ou uma semana antes do Black Friday. Dessa forma, no dia 28 de novembro,
ele pode dar um desconto muito grande no produto, e o consumidor acreditará
estar levando vantagem.
Fontes: Wikpidia, Época, Exame e Economia.
Bacharel em Adm de Empresas
MBA Gestão de Pessoas / Concluinte MBA Gestão Industrial
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