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INFLAÇÃO : O que é ? O que é um índice de inflação? Como é causada? Como ela é medida e o que afeta no seu dia a dia ?



Com o passar do tempo o dinheiro tende a perder seu valor. Se ha um ano podíamos comprar um produto por R$ 100, hoje temos que desembolsar quase R$ 110 para adquirir o mesmo produto, ou seja, um aumento de quase dez reais (ou 10%) no período de um ano. Se constatado que não foi apenas um, mas uma grande variedade de produtos e serviços que teve aumento de preços, então conclui-se que houve inflação e o dinheiro perdeu um pouco do valor.Muito se fala sobre a inflação, mas poucas pessoas sabem que existem diversos índices medidores da alta de preços no Brasil. Alguns estão focados nos preços do mercado imobiliário (aluguel, compra e venda), por exemplo, enquanto outros medem os preços de produtos no supermercado. Quais são esses índices de inflação? Por que é importante conhecê-los? Como eles impactam sua vida? Confira abaixo as respostas para essas e outras perguntas:



O que é um índice de inflação? Como é causada? Como ele é medido?

A maioria das economias do mundo tem que lidar com o fenômeno da alta progressiva de preços. Em alguns países, esse processo é mais acelerado, como no Brasil dos anos 1980. Com o objetivo de verificar exatamente o comportamento geral dos preços, as tendências do mercado, as diferenças entre cada região do país e também de formular políticas econômicas, são feitas medições constantes da variação de preços em diversos setores (imobiliário, automobilístico, alimentar, transportes, etc.). Essas medições têm como resultados diversos índices de inflação, que representam uma média de alta de preços em determinados setores.
A inflação é causada pelos motivos abaixo explicados.
  • Alta demanda e pouca oferta: quando a procura por produtos e serviços é grande demais para as empresas satisfazerem as necessidades do mercado. Os preços tendem a subir, porque as pessoas querem comprar e pagam o valor, e porque as empresas querem mais dinheiro para expandir a produção.
  • Excesso de dinheiro em circulação: quando há dinheiro demais em circulação. As causas para isso podem ser:
Consumo excessivo: quando as pessoas e empresas gastam muito rápido e não fazem poupança. É o consumismo. O dinheiro vai embora tão logo ele chega nas mãos das pessoas. Esse consumo excessivo pode ser estimulado pelo crédito barato.
Gasto excessivo do governo: quando os gastos públicos fazem com que a quantidade de dinheiro em circulação aumente demais.
  • Aumento generalizado dos custos de produção: quando, por algum motivo, o custo de se produzir alguma coisa aumenta rapidamente. Alguns dos motivos para isso são:
Aumento dos salários em ritmo maior do que o da produtividade;
Aumento dos preços das matérias-primas e recursos usados pelas empresas;
Aumento das margens de lucro das empresas por causa de baixa concorrência;
Diminuição generalizada da produtividade.
  • Inércia: quando, na tentativa de se proteger da própria inflação, as pessoas correm ao mercado para comprar antes que os preços aumentem, os trabalhadores exigem aumentos salariais e empresas tentam garantir o lucro. Isso pode criar um círculo vicioso, que pode se agravar se o governo não intervir.
  • Variação cambial: quando uma alta forte do dólar, no caso do Brasil, faz com que produtos comercializados tanto no país quanto no exterior, chamados “tradables”, encareçam rapidamente.
Existem diversos índices medidores da inflação no país, sendo que alguns deles são regionais. Abaixo alguns dos índices do país que mais afetam a vida do consumidor brasileiro:

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M): Seu objetivo é verificar a alta de preços do comércio no varejo, atacado e construção civil. Sua medição é feita entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte. Esse índice é bastante utilizado para atualizar contratos de aluguel anualmente, bem como tarifas públicas, como os serviços de fornecimento de água e luz.
Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP – DI): Esse índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas, com foco para a variação de preços do processo produtivo no país. Nesse contexto, são consideradas as altas de preços de matérias-primas (agrícolas e industriais), produtos para construção, produtos intermediários, bens de consumo, serviços, etc.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): Quem faz o cálculo do IPCA é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, um órgão do governo federal. Basicamente, esse índice mede a variação de preços relacionada ao custo de vida de famílias (renda entre um e quarenta salários-mínimos) em onze regiões metropolitanas do Brasil. São considerados os preços de alimentos, remédios, serviços, etc.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): Sua forma de medição é similar ao IPCA, porém com o objetivo de avaliar o custo de vida de famílias cuja renda varie entre um e cinco salários-mínimos.
Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S): Esse índice é calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Seu objetivo é calcular a variação de preços de uma lista de 388 produtos, no prazo de dez dias. O foco é nos produtos de alimentação e higiene da casa. Ou seja, é uma inflação para o consumo das famílias.

Por que levar em consideração esses índices ao fazer um investimento?


A primeira razão para isso é o fato de que a inflação representa uma desvalorização gradual do dinheiro. Se ele não for aplicado em investimentos que o façam render em taxas maiores que as da inflação, o investidor estará perdendo dinheiro.
 A principal preocupação que um consumidor deve ter em relação aos índices de inflação e seu orçamento familiar diz respeito à perda do poder de compra.
 Em famílias cujo orçamento seja bastante apertado, é comum que a alta de preços de produtos do dia a dia afete diretamente o orçamento, com a necessidade de cortar itens supérfluos e de lazer de seu planejamento.
 Além disso a inflação na economia de uma nação afeta a distribuição de renda da população, os investimentos e a percepção das pessoas sobre a economia. Há quem diga que um pouco de inflação faz bem, que significa uma economia em expansão, incentiva o investimento em vez da acumulação de capital e aumenta a qualidade de vida das pessoas ao estimular o consumo. E há quem diga que a inflação não traz nenhum benefício, ao contrário, aumenta a desigualdade e destrói a riqueza.
Fonte: financaspessoais, mundodosbancos


Marcio Carvalho
Bacharel em Adm de Empresas
MBA Gestão de Pessoas
Cursando MBA Gestão Industrial

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