Um velho vivia sozinho em Minnesota. Ele queria
cavar seu jardim, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que
normalmente o ajudava, estava na prisão. O velho então escreveu a seguinte
carta ao filho, reclamando de seu problema:
"Querido Filho, estou triste porque, ao que
parece, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo
porque sua mãe sempre adorava a época do plantio depois do inverno. Mas eu
estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria
esse problema, mas sei que você não pode me ajudar com o jardim, pois está na
prisão. Com amor, Papai”.
Pouco depois o pai recebeu o seguinte telegrama:
"Pelo Amor de Deus, papai, não escave o
jardim! Foi lá que eu escondi os corpos”.
As quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de
agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar
nenhum corpo. Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que
acontecera.
O filho respondeu:
"Pode plantar seu jardim agora, papai. Isso
é o máximo que eu posso fazer no momento”.
Pensamento
estratégico é a capacidade de um profissional de raciocinar de forma conectiva,
isto é, de enxergar pontos de interação entre fatos, culturas e realidades
distintas na relação empresa-mercado. Esse tipo de pensamento pode ser
observado no modus
operandi (modo de
operação) do gestor: se mais aberto, de largos horizontes e visão de
médio-longo prazo, maior tende a ser a sua capacidade de pensar
estrategicamente; ou se fechado, inseguro e de raciocínio voltado apenas para o
curto prazo, menor é a tendência a esse tipo de elaboração mental. O
estrategista procura alinhar os desafios de hoje com uma perspectiva de futuro,
a partir de uma visão sistêmica da organização.
A diferença entre líderes estratégicos e gerentes
operacionais tornou-se um tema comum no mundo corporativo devido à expansão do
número de empresas competindo de modo global. Quanto mais a tecnologia derruba
barreiras à interação humana, mais os atributos pessoais fazem a diferença na
gestão das empresas e de seus processos internos. Há tempos o concorrente
deixou de estar na outra esquina para estar em qualquer lugar do mundo, as
pessoas – funcionários e clientes – estão mais críticas, o valor dos conceitos
permeia as relações humanas e empresariais. Por exemplo, ano após ano sobe o
número de queixas nos órgãos de defesa do consumidor sobre a qualidade dos
produtos e serviços das empresas, não porque essa qualidade caiu, mas
simplesmente porque não acompanhou o ritmo de crescimento da exigência dos
clientes. O pensamento do líder precisa estar atento a estas realidades.
A clareza de raciocínio para tomar decisões
estratégicas de maior relevância exige do gestor a observação das tendências de
seu cenário setorial e suas relações com o microambiente organizacional. O
pensamento estratégico aplicado a cada decisão leva o líder a refletir nos
desdobramentos a médio-longo prazo e em como operacionalizar tais decisões. Infelizmente
essa competência não é a mais comum no mercado.
Antes de querer respostas é preciso aprender a
fazer as perguntas certas. Essa é a essência do pensamento estratégico.
Questionar nos permite interpretar cenários, conjugar recursos, identificar o
ponto nevrálgico de cada questão. Essa habilidade só se desenvolve exercitando
a análise sobre causas e efeitos, ao mesmo tempo em que nos leva a superar a
passividade mental das pessoas acostumadas a esperar as coisas prontas,
mastigadas. A criticidade sadia, lúcida e sistêmica, fruto dessa reflexão,
facilita a identificação de novas oportunidades, a partir da observação das
tendências de mudança decorrentes das inovações tecnológicas e seus reflexos
sobre o comportamento humano, e aproveitá-las de maneira positiva com o uso das
competências organizacionais.
O bom líder auxilia a construção mental do grupo na
busca por soluções atuais e possibilidades futuras, uma técnica a ser
aprimorada constantemente de modo a fortalecer a autoridade moral proveniente
do respeito pautado em ações e não em palavras. O pensamento capaz de expandir
o pensamento dos outros é o diferencial do líder. É justamente o pensar
estratégico que leva o administrador a uma gestão mais produtiva e capaz de
fazer diferença.
“Gerenciamento
é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento,
e força por cooperação.” ― Peter Drucker
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