Preços
internacionais de Gasolina
O
preço praticado ao consumidor é composto por três parcelas: realização do
produtor ou importador, tributos e margens de comercialização. No Brasil, esta
margem de comercialização equivale às margens brutas de distribuição e dos
postos revendedores de gasolina.
No
gráfico a seguir é possível comparar os preços da gasolina praticados no
Brasil, pela Petrobras, com os preços médios praticados em diversos países. A
parcela “Realização Refinaria” representa o preço da refinaria sem impostos; a
parcela “Margem Bruta/distrib./revendedor” representa as margens de
comercialização, que oscilam em função do mercado local de venda dos
combustíveis; e a parcela “Tributos” representa a carga tributária que é a
maior responsável pela diferença dos preços entre os países. Observa-se também
que os valores cobrados no Brasil encontram-se alinhados com os preços de
outros países que possuem mercados de derivados abertos e competitivos.
Média em 2016 (jan-dez)
Obs:
O teor de álcool anidro na Gasolina C é de 27%.
Elaboração: Petrobras com dados do Banco Central, ANP, USP/Cepea e PFC Energy.
Margens de Distribuição e Revenda obtidas por diferença. Câmbio considerado = 3,4959 (média da PTAX diária em 2016).
Elaboração: Petrobras com dados do Banco Central, ANP, USP/Cepea e PFC Energy.
Margens de Distribuição e Revenda obtidas por diferença. Câmbio considerado = 3,4959 (média da PTAX diária em 2016).
Cadeia de Comercialização e a Composição dos Preços
Gasolina
Concorrendo
com o Etanol Hidratado e com o GNV, a gasolina abastece hoje cerca de 60% dos
veículos de passeio no Brasil. Por isso, é importante que o consumidor conheça
como funciona o mercado desse produto, desde o produtor até o consumidor final,
e ainda saiba como é formado o seu preço.
O
mercado da gasolina no Brasil hoje é regulamentado pela Agência Nacional do
Petróleo (ANP) e pela Lei Federal 9.478/97 (Lei do Petróleo). Esta lei
flexibilizou o monopólio do setor petróleo e gás natural, até então exercido
pela Petrobras, tornando aberto o mercado de combustíveis no país. Dessa forma,
desde janeiro de 2002 as importações de gasolina foram liberadas e o preço
passou a ser definido pelo próprio mercado.
Ao
abastecer seu veículo no posto revendedor, o consumidor adquire a gasolina
"C", uma mistura de gasolina "A" com Etanol Anidro. A
gasolina produzida pelas refinarias é pura, sem etanol. As distribuidoras
compram gasolina A das refinarias da Petrobras e o Etanol Anidro das usinas
produtoras (a Petrobras possui participação em algumas usinas). Elas misturam
esses dois produtos para formular a gasolina C. A proporção de Etanol Anidro
nessa mistura é determinada pelo Conselho Interministerial do Açúcar e do
Álcool (CIMA), podendo variar entre 18% e 25%, através de Resoluções.
A
gasolina "A" (sem Etanol Anidro) pode ser produzida pela Petrobras,
por outros refinadores do país, por formuladores, pelas centrais petroquímicas
ou, ainda, importada por empresas autorizadas pela ANP. Vendida para as
diversas companhias distribuidoras em operação no Brasil, a gasolina
"A" é então misturada ao Etanol Anidro, resultando na gasolina "C".
Esta, por sua vez, é vendida ao consumidor através dos milhares de postos de
serviços presentes no Brasil.
O
preço que a Petrobras pratica ao comercializar a gasolina "A" para os
distribuidores pode ser representado pela soma de duas parcelas: a parcela
valor do produto Petrobras e a parcela tributos, que são cobrados pelos estados
(ICMS1) e pela União (CIDE2, PIS/PASEP3 e Cofins4).
Na
maior parte dos Estados, o cálculo do ICMS é baseado em um preço médio
ponderado ao consumidor final (PMPF), atualizado quinzenalmente pelos seus
governos. Isso significa que o preço nos postos revendedores pode ser alterado
sem que tenha havido alteração na parcela do preço que cabe à Petrobras.
No
preço que o consumidor paga no posto pela gasolina C, além dos impostos e da
parcela da Petrobras, também estão incluídos o custo do Etanol Anidro (que é
fixado livremente pelos seus produtores) e os custos e as margens de
comercialização das distribuidoras e dos postos revendedores.
Ao
entender que a cadeia de formação do preço da gasolina é composta por diversas
parcelas, fica fácil perceber que qualquer alteração em pelo menos uma delas
terá reflexos, para mais ou para menos, no preço que o consumidor da gasolina
'C' pagará na bomba. Como se vê, a Petrobras tem ingerência apenas sobre uma
parcela na formação do preço final ao consumidor, que é representada pelo preço
nas suas refinarias, sem incidência de tributos.
Há
situações nas quais a Petrobras não participa da cadeia de comercialização do
produto, como é o caso da gasolina importada ou produzida por outro agente.
Os
preços nos postos de todo o país são monitorados pela ANP por meio de pesquisas
semanais. Os resultados podem ser consultados no site da Agência (www.anp.gov.br).
Fonte : http://www.petrobras.com.br
Fonte : http://www.petrobras.com.br
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