Dentro de uma
empresa, coisas nocivas podem acontecer, mas é incontestável que a motivação e
o senso de justiça são elementos fundamentais para a estabilização emocional de
todos, e com uma equipe estável, que acredita na empresa e no líder, tudo fica
mais fácil de ser conduzido.
Tanto na vida pessoal como na profissional ou
acadêmica, a imparcialidade no dia a dia é um dos pontos mais importantes no
relacionamento entre a pessoas.
Quando as pessoas se encontram em grupos, elas
precisam ditar regras para viver em sociedade e, consequentemente, agregar
valores. Graças a essa consciência de relação, o homem tem sobrevivido e
evoluído. Mas como cada pessoa representa um "mundo", é inevitável o
surgimento de conflitos. Diga-se de passagem, que a discordância entre os
indivíduos nem sempre representa algo negativo, pois das visões diferenciadas
surge a possibilidade de ser chegar a um consenso, o que pode gerar um fator
positivo.
Um ponto preocupante é quando um conflito
pequeno passa a ter proporções maiores e a prejudicar, por exemplo, o clima
organizacional e o desempenho de uma equipe. Pior ainda é quando o despreparo
de um gestor na solução de um impasse acaba por criar mais problemas.
Percebe-se que uma das maiores reclamações em
qualquer segmento se concentra na falta de imparcialidade nas decisões tomadas
pelos gestores. Quando jargões como “amigos do rei”, e “panelinha” começam a se
popularizar nas equipes é importante rever e assegurar a adoção de uma política
transparente. O favoritismo pode
acontecer conscientemente: é quando o líder favorece alguém por estar
mais próximo, conhecer mais, ter mais intimidade; ou pode ser
inconsciente, quando o líder não percebe que é mais fácil termos afinidade e
confiança em alguém que seja parecido conosco, o que nem sempre está ligado a
qualidade e competência.. As pessoas precisam acreditar e
perceber que as decisões são tomadas de maneira justa.
Desenvolver confiança entre funcionários e
empresa traz uma vantagem competitiva muito grande para a companhia. Quando a relação
entre líder e liderados é boa, isso se reflete em todos os processos. A
liderança, por sua vez, é garantida quando os funcionários acreditam na
capacidade e nas palavras dos gestores e confiam nas suas decisões. Nesse caso,
entram em prova questões como competência técnica, integridade, justiça e
capacidade de fazer tudo isso ser percebido.
Artigos recentes apontam, por exemplo, que nas
melhores empresas para se trabalhar nos setores de TI e Telecom, 25% dos
funcionários acreditam que em sua organização não existe imparcialidade. Esse
número já foi pior – em 1997, o índice estava na ordem de 35% –, mas muito
ainda precisa ser melhorado, principalmente, se considerarmos que a pesquisa se
refere a empresas que possuem uma ótima cultura de gestão de pessoas. Pare para
imaginar as companhias restantes, que são a maioria, nas quais esse assunto
ainda não é considerado um diferencial!
A camaradagem é uma ferramenta que deve ser
utilizada para propiciar a harmonia no ambiente e não para propiciar a imparcialidade
e a omissão. No cenário atual, em que os recursos são limitados e as
organizações precisam fazer muito mais para agregar valor ao negócio, a gestão
de pessoas torna-se indispensável para gestão do capital intelectual. Este
último, um ativo ainda não contabilizado, mas já percebido.
Criar um ambiente de trabalho justo, com
tratamento equitativo para os colaboradores e exclusão da percepção de
favoritismos ou politicagens é também tarefa do CIO, CEO, CFO e demais membros
do C-level e serve para demonstrar a real capacidade de um bom gestor.
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