Nos dias difíceis de hoje,
o índice de desemprego está aumentando cada vez mais, logo, as poucas empresas
que estão ou pretendem entrar num processo de recrutamento e seleção de pessoal
buscam tirar o máximo proveito dessa situação, procurando identificar os
profissionais mais bem qualificados para ocupar as vagas disponíveis. E não é
por acaso! As empresas estão sendo
cobradas cada vez mais a cada dia que passa. Esta cobrança é por melhores
resultados, por produtos com maior qualidade e com alto valor agregado, por
inovação surpreendente, por um atendimento ao cliente estonteante, por respeito
aos prazos pactuados, por melhores preços, etc.
Na verdade, o consumidor de hoje é uma pessoa
dotada de um poder decisório que até então, na história do homem moderno, nunca
se tinha visto ou imaginado. O poder de barganha do consumidor do terceiro
milênio é capaz fazer de sua empresa a mais admirada do mercado, como também
pode fazer com que ela conheça um grande fiasco empresarial.
Ainda, por outro lado, a concorrência entre
as organizações faz com que os empresários mais e mais optem por inovação,
qualidade, preço justo, crédito e recursos humanos capacitados e talentosos o
suficiente para dar conta a essa nova equação do mercado.
Por força dessas variáveis listadas acima, o
empresariado mudou muito sua forma de recrutar pessoas.
No passado, contratava-se um profissional de
qualquer área, observando-se sua experiência profissional, sob o aspecto
técnico, para ocupar o cargo em aberto.
Hoje, isso não é mais assim, na maioria das
organizações. As áreas de recursos humanos mudaram muito esse paradigma, por
entenderem modernamente que mais que um profissional qualificado tecnicamente,
a empresa ressente-se de pessoas com comportamentos e atitudes adequados a
cultura, a missão, a visão e aos objetivos do empreendimento.
Ter só preparo técnico hoje em dia não quer
dizer muito. É importante, mas não é o que faz a diferença na hora da
contratação.
E o que faz a diferença hoje na hora da
contratação?
As áreas de recursos humanos nos dias de
hoje, além de exigir competência técnica dos candidatos, procura pessoas com
habilidades e atitudes muito específicas às necessidades da empresa que demanda
a vaga.
Hoje o profissional de recursos humanos é
obrigado a interagir com o solicitante da vaga para entender a complexidade da
mesma, do contrário esse profissional não terá condições de assessorar
corretamente o solicitante da vaga.
O que o profissional de recursos humanos precisa
saber/conhecer junto ao solicitante da vaga em aberto?
Selecionar pessoas não é uma tarefa fácil.
Selecionar pessoas é comparar seres completamente desiguais. Para tal, o
profissional de recursos humanos deve cercar-se de cuidados, para diminuir a subjetividade
na hora da comparação.
Para tal, o profissional de recursos humanos
deve dispor de um conjunto de elementos a fim de tornar este processo menos
subjetivo e mais pragmático. Estes cuidados passam por:
- Ter a descrição do cargo da vaga em aberto;
- Conhecer os pré-requisitos da vaga em aberto;
- Conhecer os principais desafios esperados pela área solicitante;
- Ter a percepção correta do perfil comportamental esperado/desejado;
- Conhecer a cultura, os valores e os princípios, não só da empresa, mas da área, bem como da equipe da vaga em aberto;
- Conhecer (e entender) a missão, a visão, os objetivos estratégicos, os princípios da empresa para não contratar “um estranho no ninho”; e
- Buscar sempre a participação do solicitante da vaga. Sem esta participação o processo seletivo ficará comprometido.
Por que isto tudo?
A maior contribuição que um profissional de recursos humanos pode dar a sua organização é selecionar corretamente esse novo colaborador. Do contrário, isto pode acarretar um desgaste e um prejuízo incalculáveis a organização, bem como desperdícios inimagináveis. Tais como:
- Retrabalho. Já que a pessoa contratada não tem o perfil para o cargo;
- Dinheiro e valioso tempo de treinamento focado na pessoa errada;
- Tempo dos Supervisores orientando o recém-contratado;
- O processo da tarefa sofrerá de falta de fluidez, visto que o novo colaborador não tem o perfil necessário ao correto desempenho. Isto gerará, na equipe de trabalho como um todo, baixa produtividade; e
- Possíveis problemas no atendimento ao cliente externo.
O processo seletivo, por tudo que foi escrito
acima, é hoje considerado pelos empresários e executivos das organizações, como
um evento empresarial estratégico e vital. Tanto isto é verdade que as
universidades e entidades voltadas à formação profissional, estão hoje em seus
programas de desenvolvimento e capacitação profissional ou acadêmico, dando
forte ênfase à questão da seleção por competências.
A seleção por competências é nada mais nada
menos que ter, em nossos quadros de colaboradores, pessoas capazes de
desempenhar determinada atividade com eficácia, em qualquer situação.
Assim, para finalizar, devemos entender que:
- A tarefa de recrutar e selecionar profissionais é estratégica;
- Esta atividade deve ser entregue a área de recursos humanos e essa tem que estar preparada para assumir esse desafio; e
- Recrutar e selecionar pessoas no mercado é uma atividade com metodologia própria e não pode ser encarada como um evento pontual, subjetivo e sem importância.
Diante desse contexto todo se torna mas do evidência que o Recrutamento e Seleção nas empresas nunca foi um mero processo, mas sim uma necessidade que se faz a cada dia mais estratégica e complexa dentro das organizações.
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