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Gestão de Pessoas uma nova Profissão?


       
A expressão Gestão de Pessoas ainda é muito recente para caracterizar uma nova profissão. A rigor, refere-se muito mais a um propósito do que a um cargo ou função exercido no âmbito das organizações, até mesmo porque poucas são as empresas que mantém uma diretoria ou um departamento de Gestão de Pessoas. Todavia, pode-se falar em gestor de pessoas como um novo profissional pois, embora ocupando cargos em unidades de Administração de Recursos Humanos ou mesmo de Administração de Pessoal, requer-se dele um conjunto de atitudes e práticas bastante diferenciadas em relação às que vinham sendo desenvolvidas num passado bem recente e mesmo na atualidade em muitas empresas.
        O gestor de pessoas não deixa de ser um Administrador de Recursos Humanos. Compete-lhe desenvolver os processos de suprimento, aplicação, desenvolvimento, manutenção e monitoração de pessoas. No entanto, para que possa atuar efetivamente, necessita desenvolver novas atitudes e posturas. Precisa primeiramente considerar os empregados como pessoas e não como meros recursos de que a organização pode dispor a seu bel -   prazer. Precisa tratá-los como elementos que impulsionam a organização e não como agentes passivos. Precisa ainda, tratá-los como parceiros, como pessoas que investem na organização com o capital humano e que têm a legítima expectativa de retorno de seu investimento.
   A definição do papel do Gestor de Pessoas requer necessariamente o contraste com papéis profissionais desenvolvidos no passado, e também no presente, pois não deixa de ser um profissional do futuro. Dessa forma, para proceder à análise dos papéis que lhe compete desempenhar no âmbito das organizações, convém primeiramente analisar a atuação desse profissional numa perspectiva histórica, ressaltando os aspectos relativos às relações entre capital e trabalho.
       Assim entendida, a Gestão de Pessoas passa a assumir um papel de liderança para ajudar a alcançar a excelência organizacional necessária para enfrentar desafios competitivos, tais como a globalização, a utilização das novas tecnologias e a gestão do capital intelectual. Para tanto, o setor precisa estar preparado para enfrentar uma série de transições, tais como:
  • ·       Da ação operacional para a estratégica;
  • ·       Do caráter administrativo para o consultivo;
  • ·       Do reativo para o preventivo
  • ·       Do policiamento para a parceria;
  • ·       Da preservação cultural para a mudança cultural;
  • ·       Da estrutura hierárquica para a estrutura enxuta;
  • ·       Do foco na atividade para o foco nas soluções;
  • ·       Do foco interno para o foco no consumidor;
  • ·       Da ênfase na função para a ênfase nos resultados;
  • ·       Do isolamento para o benchmarking;
  • ·       Da rotina operacional para a consultoria;
  • ·       Da busca da eficiência interna para a eficácia organizacional;      
  • ·       Da administração de pessoal para a gestão de talentos;
  • ·       Da ênfase no controle para a ênfase na liberdade.


     Nesse contexto, os profissionais de Gestão de Pessoas são solicitados a assumir novas responsabilidades. Para tanto, precisam adquirir novas habilidades conceituais, técnicas e humanas. Assim, delinea - se um novo perfil para esse profissional.  


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