Apesar de ser um dos principais indicadores da
economia, o significado do PIB (Produto Interno Bruto) é pouco conhecido por
boa parte da população. Muita gente diz não saber o impacto que os dados têm
sobre o seu dia a dia.
O PIB representa a soma das riquezas geradas
pelo conjunto dos mais diversos setores no país. Ele mede a diferença entre o
custo de se produzir e o que se obtém como fruto dessa produção, o chamado
valor agregado. O indicador é composto por itens como consumo das famílias e
despesas do governo, informações sobre as exportações e importações, além dos
investimentos (formação fixa de capital bruto).
O índice só considera os
bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A
matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a
farinha de trigo usada não entra na contabilidade.
Um carro de 2018 não é
computado no PIB de 2019, pois o valor do bem já foi incluído no cálculo
daquele outro ano.
O prato feito servido no restaurante, as
roupas na vitrine do shopping, o carro zero como exemplo anterior, uma máquina comprada para ampliar
a linha de produção de uma fábrica até mesmo o asfalto usado para recapear uma rua, os
armários que acabaram de ser instalados em uma cozinha, o serviço da manicure,
a consulta ao dentista. Todos esses são exemplos de itens que entram na conta
do PIB.
O primeiro fator que
influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais
as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai.
Os números revelados pelo PIB têm impacto
direto na população, pois são indicadores determinantes da qualidade de vida,
se o PIB aponta expansão da economia, isso tem influência sobre o bem-estar da
população. Quando o país está crescendo, as pessoas vão sentir os efeitos, não
de forma igualitária, porque isso vai depender da estrutura produtiva e de como
o cidadão está inserido, mas a qualidade de vida aumenta, porque, quanto mais
se produz, a tendência é que mais empregos sejam gerados, que os preços
diminuam e que haja mais disponibilidade de produtos no mercado. Então isso
significa não apenas mais renda para gastar, mas também mais produtos
disponíveis para compra.
O PIB não é capaz de captar todas as riquezas
geradas no país, porque, para fazer o cálculo, o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) leva em consideração apenas as atividades legalizadas.
Já as informais não são absorvidas em sua totalidade pela metodologia aplicada.
O PIB é divulgado trimestralmente (http://dados.gov.br/dataset/produto-interno-bruto-pib) e, quando
aponta geração de riqueza inferior à observada no levantamento anterior, indica
retração da economia. Quando esse movimento ocorre por dois trimestres
consecutivos, é considerada recessão técnica.
Como o PIB é calculado?
O PIB pode ser calculado de três formas
diferentes: pela ótica da oferta, pela ótica da demanda ou pela ótica do
rendimento. O PIB não deve variar de acordo com o método de cálculo utilizado.
Os três diferentes métodos de cálculo do PIB devem sempre apresentar o mesmo
resultado.
Desde 1990, o cálculo e a divulgação do PIB
brasileiro são realizados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – órgão federal
subordinado ao Ministério do Planejamento.
Por que o mercado olha o PIB ?
Já no mercado de ações, o PIB é o primeiro
indicador econômico que os investidores estrangeiros costumam olhar
antes de decidir em qual país investir.
Quando um país apresenta PIB crescente, há
maiores possibilidades de que as empresas situadas naquela economia (sejam
grandes ou small caps) também tenha maior expansão, boas perspectivas de
vendas, investimentos e lucro.
Já uma economia que apresenta severas quedas no
PIB em um determinado ano, provavelmente apresenta empresas com pobres
perspectivas de lucro, o que pode ser um sinal vermelho para o investidor que
está analisando como investir seu dinheiro.
Fonte: G1 Economia, Época e Estadão
Bacharel em Adm de Empresas
MBA Gestão de Pessoas / Concluinte MBA Gestão Industrial
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