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Contabilidade Internacional - Os Desafios do Contador Brasileiro


Nos últimos anos, muitas empresas brasileiras passaram a exportar produtos para outros países, acarretando o estreitamento das relações internacionais, sobretudo em parcerias em negócios, projetos e, até mesmo, fusão entre empresas de países distintos.
Neste mesmo período, houve também a popularização do mercado de capitais, e muitas empresas passaram a ter ações negociadas em Bolsa de Valores.
Para facilidade de entendimento e comunicação entre as operações com outros países, o Brasil passou a adequar sua contabilidade aos parâmetros internacionais, a partir da sanção das leis 11.638/07 e 11.941/09. E o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) passou a direcionar a convergência das normas praticadas no país.
  
E Qual é o Desafio para o Contador frente à Contabilidade Internacional?

Tendo em vista a convergência das normas praticadas em território nacional para com as internacionais, o Brasil passou a ter como órgão regulador a Comissão de Valores Mobiliários. Esta mudança, que visa a padronização das normas contábeis, veio a ser obrigatória perante a lei das Sociedades Anônimas. Mesmo este tipo de empresa não sendo a maioria no país, o profissional de contabilidade deverá adequar 
todas as empresas as normas internacionais, uma vez que a alteração será válida a todas as sociedades.
Outra mudança deu-se pela separação da contabilidade para fins fiscais da contabilidade societária, fragmentando o que é de interesse do governo para o que é de interesse dos sócios, fornecedores e investidores.
Uma vez inteirado da nova política contábil, o profissional deve estar a par das alterações nas áreas tecnológicas, tais como a nota fiscal eletrônica, os ‘sped’s’ fiscal e contábil, entre outros, além da busca de informação pelas novas normas comunicadas pelo CPC.
O profissional em formação também tem destaque neste novo conceito contábil brasileiro, uma vez que ele será responsável, em um dado momento, pela manutenção das alterações das práticas no país. Também, de acordo com a matriz curricular dos cursos de formação o país, o contador formado poderá exercer a contabilidade em outros países de adoção de normas iguais ou similares às praticadas no Brasil.
O contador tem como desafio se aprimorar no que diz respeito a outras áreas do conhecimento, principalmente a novas tecnologias, Direito, Economia, Administração e Matemática, que tem ligação direta com os saberes contábeis.
  
Os Desafios da Empresa Brasileira

A empresa brasileira tem como grande desafio desagregar seu enfoque da parte fiscal de suas operações. Um exemplo disso é a prática de utilização das taxas de depreciação adotadas. A depreciação era realizada por meio do valor tributário do bem e não sobre a verdadeira vida útil do mesmo.
Também há o fato da empresa se voltar aos seus usuários externos, visando o mercado de capitais, produzindo seus relatórios de acordo com o modelo anglo-saxão (o mais utilizado internacionalmente), no intuito de atrair capital a empresa, de agregar valores mobiliários. O regime tributário mais indicado a essas empresas é o Lucro Real.
Ainda com base nos desafios, o principal deles é a mudança cultural, tanto dos sócios, quanto dos administradores, acionistas, dos próprios brasileiros na fomentação da busca por investir em mercado de capitais, agregando valor às empresas brasileiras, visando seu crescimento e ampliação, gerando empregos e melhores condições de trabalho.

Diferenças, Padrões e Práticas Contábeis entre países do Mercosul

Em relação à diferença entre as práticas contábeis entre países, vale destacar que cada um tem suas particularidades, sejam elas econômicas, culturais, financeiras, jurídicas, tributáveis, que formam a convergência de suas normas. A harmonização e/ou convergência das normas contábeis para uma universalização torna o trabalho um grande desafio.
No Brasil, os contadores podem ser de nível médio (Técnico em Contabilidade) ou de nível superior (formação universitária em Ciências Contábeis), devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade.
Já na Argentina, o profissional de contabilidade é denominado como contador público, podendo ele ter formação em Economia ou Administração, licenciado e registrado com o título de contador público.
No Uruguai e Paraguai, não há o registro regulamentador da profissão, mas os profissionais da área devem ter matrícula em colegiado da categoria, fazendo-se necessária formação acadêmica para se possa desempenhar a função de contador. 
Em relação a adoção de normas e práticas contábeis, Brasil e Argentina possuem similaridade em relação a conselhos e comitê de pronunciamentos contábeis, sendo que no Brasil o Conselho Federal de Contabilidade edita os princípios e exige que os profissionais os cumpra. Cada estado possuí seu conselho regional, que registra e fiscaliza os profissionais.
A Argentina possui a Federação Argentina de Conselhos Profissionais de Ciências Econômicas, que emitem as normas contábeis do país. Porém, cada conselho possui autonomia para adoção ou não das normas emitidas. 

O Paraguai possui o Colégio de Contadores e o Uruguai o Colégio de Contadores e Economistas do Uruguai. Devido à falta de poder suficiente para cumprimento de normas auditadas por seus colégios, o aconselhamento contábil nestes dois países é para que as empresas adotem as normais contábeis internacionais.






Bacharel em Ciências Contábeis

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