A qualidade,
mais do que nunca tem verdadeiramente se firmado como um dos principais diferenciais
competitivos da atualidade e com essa oscilação da economia Brasileira vem se
tornando um fator de sobrevivência empresarial frente as concorrências mercadológicas. Entender suas dimensões mais do que nunca se tornou essencial para que uma
organização se mantenha competitiva e busque a excelência nos seus produtos ou
serviços oferecidos.
Uma pesquisa internacional constatou que as empresas com alto
desempenho, e que investem em qualidade, gastam 80% de seus esforços na
prevenção de problemas, enquanto, a maioria das empresas, de baixo desempenho,
utiliza 90% de seu tempo corrigindo problemas ocasionados pela falta desta,
gerando transtornos consecutivos aos seus clientes.
Tal tema tem
sido de grande destaque em todo segmento da administração moderna,
principalmente levando em consideração a análise de um mercado globalizado, no
qual a competição é muito intensa e frequente, com isso, as empresas vem investindo
cada vez mais em ferramentas e estratégias , que as
tornem mais competitivas e diferenciadas no mercado no qual atuam. Estes fatos em associação com o grande volume
de informações condicionam as empresas a explorarem o tema de qualidade como
forma de obterem uma maior aceitação e credibilidade de seus produtos e
serviços, melhoria de sua imagem, melhoria de processos e organização interna,
além de dar condições para a empresa se manter no mercado.
A partir dos
princípios de David A. Garvin, abaixo fragmentamos as suas 8 dimensões exemplificando e possibilitando a redução e monitoramento dos custos sem perder a qualidade dos produtos ou serviços: Performance,
Características, Confiabilidade, Conformidade, Durabilidade, Serviço, Estética,
Qualidade percebida.
Performance: Este refere-se a atributos operacionais
básicos de produtos e serviços, no caso de um computador a performance seria a
velocidade, capacidade de armazenamento, posicionamento dos ícones, etc. Para uma
roupa seria a maciez do pano, conforto, etc. A performance envolve
atributos subjetivos, por isto, uma boa forma de competir nesse atributo é
fazendo uma tabela de comparação com os dois principais concorrentes, a partir
dos resultados a empresa saberá onde melhorar.
Característica: Envolve atributos secundários a performance
com aspectos apelativos de produtos e serviços. No caso de televisores
seria a entrada USB ou HDMI, em computadores seria, a facilidade de navegação,
a cor do teclado, o tamanho, etc. O que diferencia a característica da
performance é a objetividade e a possibilidade de se mensurar as
características.
Pode-se competir nesse quesito a partir de questionários com uma amostra
de clientes, com foco em itens adicionais importantes. Com isto, a empresa pode
investir em criar adicionais que agreguem valor ao produto.
Confiabilidade: Esta dimensão está ligada a probabilidade de
falhas ou mau funcionamento dos produtos. Uma boa maneira da empresa
se destacar nesse quesito é medindo o tempo médio até a 1ª ocorrência e o tempo
médio entre as falhas.
Conformidade: Sem dúvida, o grau de conformidade está
diretamente ligado a qualidade do produto, pois todo produto e serviço têm
padrões estabelecidos e quanto mais próximos a empresa produzir do “alvo ou
modelo”, menor será a probabilidade de falhas do produto.
Durabilidade: É a quantidade de uso em que o produto pode
ser consumido antes que se deteriore. A durabilidade é a forma mais
conhecida de qualidade, sendo a dimensão que está ligada diretamente as outras
dimensões, pois um produto que tem pouca confiabilidade ou conformidade terá
sua durabilidade reduzida.
Serviço: Os clientes estão preocupados com a competência, o tratamento, com o
tempo de reparo das falhas, a pontualidade dos compromissos, ou seja, toda
empresa, mesmo que seja indústria, presta algum serviço e este deve seguir o
padrão de excelência nesse quesito também, senão todo processo de produção, até
mesmo o melhor, não significará nada se o serviço não corresponder às
expectativas do cliente.
Estética: Esta dimensão refere-se aos aspectos, visuais, sonoros, degustativos ou
olfativos. Como pode-se perceber, estes aspectos são subjetivos, mas existem
padrões que devem ser seguidos.
Qualidade percebida: A maioria dos clientes não tem informações
sobre os atributos do produto, fazendo avaliações indiretas sobre o
produto, ou seja, o cliente julga a qualidade a partir de aspectos tangíveis e
intangíveis como imagem, propaganda e marca; mesmo que o produto não
corresponda a avaliação.
É possível promover uma redução de custos sem perda da qualidade?
Reduzir custos quando o
assunto é qualidade é bem diferente de substituir a matéria-prima por outras
mais baratas e de qualidade inferior. Nesse caso, pense em uma maneira de
reduzir o desperdício.
Quando se melhora um processo, ele terá menos
erros e com isso evita-se a perda de material, além do retrabalho. Para atingir
esse objetivo, deve-se ter uma equipe muito bem treinada, bons equipamentos de
trabalho e sempre cuidar da manutenção preventiva.
Quando se diminui o retrabalho, aproveita-se melhor o tempo da mão de obra e com a redução de
erros, poupa-se matéria-prima.
Esses são apenas alguns dos cuidados a serem
observados em gestão da qualidade para que se consiga realizar a redução de
custos, e ao mesmo tempo melhorar o lucro, aproveitando todos os
benefícios que a gestão traz. E para que os ganhos não sejam perdidos, é
preciso monitorar e aperfeiçoar continuamente todos os processos.
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